segunda-feira, 23 de abril de 2012

Contra o odor sovacal marchar marchar

Foi na sexta-feira yeahhh, e não foi uma brincadeira.  

Lisboa, hora de ponta, metropolitano cheio, entro eu numa carruagem. Sem lugar disponível para descansar os calcantes, encosto-me à parede contrária à porta de entrada, agarrando-me ao corrimão.
Numa das estações entra de rompante uma enorme quantidade de pessoas, com um ar frenético, procurando ficar do lado de dentro da porta do metro. O espaço ficou mais reduzido que o de uma lata de conservas, a propósito não sei como as sardinhas se conservam em tal aperto, visto que eu ia padecendo naquele ambiente. Após o aconchego dos passageiros, o transporte subterrâneo segue a sua marcha em direção ao seu destino. Fiquei entalado entre uma mulher e um homem, que tinham o respetivo braço perpendicularmente erguido, com o jeito necessário para se segurarem. Foi neste preciso momento, que senti o odor do trabalho. Estas duas pessoas quase me faziam desmaiar com o seu aroma, e não tinham um aspecto deslavado, mas à sexta-feira ao final da tarde, o corpo com o entusiasmo do fim de semana, pode ser mais propenso a pluviosidades.
Eu não me queixo do fato de estar no meio de duas doninhas, eu queixo-me às entidades competentes pela latente higiene sanitária nos transportes públicos nada fazer. Esta temática não é nova, por isso penso que é altura de acabar com isto. E tenho algumas sugestões:



  1. Criar no metro, além daquelas vitrinas, que são para quebrar em caso de emergência, com alavancas e martelos, adicionar mais uma com desodorizantes em rolon ou em spray. (Na sexta-feira eu tinha quebrado, não desmaiei por milagre).
  2. Criar campanhas publicitárias, apelando ao uso de wc patos debaixo das axilas dos utilizadores de transportes públicos, tal como em cada descarga de uma sanita, em cada descarga de suor, era descarregado um aroma fresco a lavanda.
  3. Acabar com os varões aéreos, assim ninguém andava com os braços levantados, mitigando o risco de contaminação suórica.
  4. Munir as entradas de metro com aspersores de bom cheiro. A cada abertura de porta os aspersores irradiavam os novos passageiros, com belos aromas do bosque
  5. Os revisores do metro, além de verificares se os bilhetes ou passes estão validados, passavam a verificar os odores sovacais, através de uma máquina que os medisse.  “Desculpe mas esse sovaco não está validado”, “mas, o meu rexona acabou hoje”, “não sei de nada, vou ter de o autuar”.

Isto são algumas simples medidas, que podiam ser implementadas, mas a inércia das nossas entidades não permite que o país avance.

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